quinta-feira, 5 de maio de 2016

Carta ao amor.

Vez ou outra sinto saudade
de fazer sala
trocar as roupas de cama,
preparar o café
planejar o jantar.
Sinto falta de arrumar a casa
pra poder te recepcionar.
Mas deixa assim,
deixa o tempo passar,
quem sabe,
outrora, 
esse meu peito que há muito tempo 
fora teu paradeiro,
possa voltar a te hospedar.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

É que nessas idas e vindas que o mundo dá,
perdi meu norte
já nem sei qual meu lugar.
É que essas pessoas que andam sem parar,
me instigam a saber pra onde
onde querem chegar?
Nessa cidade de luzes que não se apagam,
não quero dormir,
não quero acordar. 
É que esses amores que eu deixo passar
me cansam
me fazem pensar em parar.
Mas essas idas e vindas,
dessas pessoas,
nesse lugar, 
é que ver essas luzes, 
me faz acreditar,
há sempre um outro lugar pra conhecer,
um novo alguém com quem dormir,
um porquê acordar
haverá novas luzes
e pessoas pra desvendar.

Não

é esse aperto no peito que não cessa
essa saudade que não cede
a tua imagem que não me foge
tua voz que não cala
teu perfume que não some
é teu olhar que não se apaga
é tuas mãos que não me afagam
teu abraco que não me aperta
teus lábios que não me beijam
é esse não, que não se ausenta.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

(in) sanidade

O mundo já não é o mesmo.
e meus olhos já não conseguem mais fingir não ver.
raiva e alegria em um mundo de mentiras.
toda essa sanidade ainda há de me matar.
brigas mesquinhas, por coisas sem valor.
preço exorbitantes, e pessoas sem pudor.
falsidade estampada em sorrisos desleais.
tentativas motivas pelo que pode ganhar a mais.
nesse mundo de animais,
decidi não ser a presa,
mas não quero ser o predador.
sem vencedores ou perdedores,
oro ao meu senhor  por um momento de gentileza
de sonho , de maresia , de vida simples e garantia
de que o amanha será honesto ,
de que o trabalho será compensado.
de que o pote de ouro me espera próximo ao fim do arco-iris.
de que há sinceridade por aí, de que há amor sem cobrança, recompensa ou ganancia.
essa insanidade esperançosa  ainda há de me matar.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Seja feliz

Tendo noção da dor que carrego,
tento fazer dos meus  gestos,
palavras sutis,
Pra que na formação de um verso,
por vezes infeliz,
tu entendas que errei.
E não repitas o que fiz.